30 novembro 2005
27 novembro 2005
Considerações musicais
Dentre os milhões de posts que andam rolando nessa ociosa cabecinha (aliás, o ócio é um dos temas que preciso escrever. Irmão, se você adiantar o assunto, te mato!!!), escolhi talvez o mais simples. Pois é, o ócio também vem acompanhado da preguiça, pelo menos para mim. Já não é de hoje, uma música que vem rolando nas rádios estava chamando minha atenção. Ela falava de algo relativo a um casal com hábitos considerados, no mímino, estranhos. A letra descrevia algumas situações, mas eu nunca conseguia compreendê-la por completo (no sentido de entender a dicção mesmo) e pensava: "Se ao menos conseguisse o nome da música ou o nome do cantor, poderia pesquisar na boa e não tão velha web". Mas é óbvio que todo castigo para corno é pouco e eu nunca conseguia ouvir a locutora dar nomes aos benditos bois. Quem poderia me ajudar agora? Ahhh, Chapolim Colorado!!! Claro que não, a ajuda só poderia vir de meu musical namorado... Era simples: "João, qual o nome daquela música?". "Que música, né, Mírian?". "Aquela que diz algo mais ou menos assim: Alguém sabe dizer o que é normal? / Pode parecer tão natural?". "Cotidiano de um casal feliz, do Jay Vaquer. Claro!!!" (e ainda me esnobou!!!). Jay Vaquer, esse nome não me é estranho. Acho que ele chegou a iniciar algum projeto na Sony Music, quando eu ainda trabalhava por lá, enfim... O fato é que a música vem relatar, como já disse, comportamentos tidos como anormais. Alguns defendem que ao questionar a normalidade desses costumes (Alguém sabe dizer o que é normal?), o autor estaria validando esses hábitos, num estilo: "se você não sabe o que é normal, por que esses comportamentos não podem estar dentro da normalidade?". No entanto, eu não interpreto dessa forma e baseio minha justificativa, exatamente, na outra frase do refrão ("Pode parecer tão natural?"). Pode parecer não significa que seja, portanto, algo pode parecer natural, mas não o ser. Temos, então, ao longo da música, uma alfinetada ao culto do corpo, atitude que hoje pode parecer tão normal, mas dependendo das proporções tende a extrapolar os padrões de normalidade. Abaixo coloco a letra da música, porque melhor do que aderirmos a opinião alheia, é criarmos nossa própria opinião.
Cotidiano de Um Casal Feliz
cantor: Jay Vaquer
composição: Jay Vaquer
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Ele manda em tudo, em todos
curte seu poder
E deixa a esposa em casa
pra brincar no treco
de qualquer traveco
em troca de prazer
vai saber porquê...
E a esposa anda malhada
fez lipoescultura
e a falta de cultura
nunca foi problema
ela tem dinheiro
pra dar e vender
lê Paulo Coelho e seicho-no-ie
vai saber porquê...ie
E eles têm escravos
disfarçados de assalariados
diariamente humilhados
e levantam cedo, se arrumam apressados
têm hora marcada pra falar com Deussss
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Ele guarda no H.D.
fotos de crianças nuas, pra tirar um lazer
Curte ver aquilo quando fica só
Ela conta os passos que dá no trajeto
entre a terapia e a boca do pó
E até pensa em adotar alguma criatura,
pode ser uma criança ou um labrador
Só depende da raça, depende é da cor
que pintar primeiro...
Ele faz como ninguém a cara de quem não sabe mentir
pode admitir pra ocupar o vazio da relação
mas com uma condição
não quer dar banho, nem limpar merda o dia inteiro
Eles foram ver o show da Diana Krall
que alguém falou que era genial
gritaram uhuuu do camarote
enchendo a cara de scotch
E eles têm escravos
disfarçados de assalariados
diariamente humilhados
e levantam cedo, se arrumam apressados
têm hora marcada pra falar com Deussss
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Cotidiano de Um Casal Feliz
cantor: Jay Vaquer
composição: Jay Vaquer
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Ele manda em tudo, em todos
curte seu poder
E deixa a esposa em casa
pra brincar no treco
de qualquer traveco
em troca de prazer
vai saber porquê...
E a esposa anda malhada
fez lipoescultura
e a falta de cultura
nunca foi problema
ela tem dinheiro
pra dar e vender
lê Paulo Coelho e seicho-no-ie
vai saber porquê...ie
E eles têm escravos
disfarçados de assalariados
diariamente humilhados
e levantam cedo, se arrumam apressados
têm hora marcada pra falar com Deussss
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Ele guarda no H.D.
fotos de crianças nuas, pra tirar um lazer
Curte ver aquilo quando fica só
Ela conta os passos que dá no trajeto
entre a terapia e a boca do pó
E até pensa em adotar alguma criatura,
pode ser uma criança ou um labrador
Só depende da raça, depende é da cor
que pintar primeiro...
Ele faz como ninguém a cara de quem não sabe mentir
pode admitir pra ocupar o vazio da relação
mas com uma condição
não quer dar banho, nem limpar merda o dia inteiro
Eles foram ver o show da Diana Krall
que alguém falou que era genial
gritaram uhuuu do camarote
enchendo a cara de scotch
E eles têm escravos
disfarçados de assalariados
diariamente humilhados
e levantam cedo, se arrumam apressados
têm hora marcada pra falar com Deussss
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
Alguém sabe dizer o que é normal?
Pode parecer tão natural?
18 novembro 2005
Renascendo das cinzas – Uma experiência de quase morte (E.Q.M.)
Depois de enfrentar um longo período de coma, atravessando o rio das almas, passando pelo limbo e chegando ao purgatório, no melhor estilo novela da Glória Perez, o blog “Ao meu redor” retorna a vida... E aproveitando o trocadilho, o que foi o encerramento de “América”??? Com duas horas de duração, o último capítulo incluiu de tudo. Numa tentativa enlouquecida de fechar um enredo com trezentos trilhões de personagens, esse caldeirão teve direito até mesmo a uma mãe que se num dia não conseguia aceitar sob hipótese alguma seu filho gay, no outro gritava para todos em alto e bom som que tinha um enorme orgulho de seu primogênito homossexual. Mas essa virada surpreendente não se deu apenas na psique da viúva Neuta... Acho que uns dois capítulos antes, o figurino da “Solfredora” também passou por uma virada, ou, no mínimo, os papéis da continuidade foram revirados... Após uma encharcada viagem, a pobre Deborah Secco desembarca nos Estados Unidos com sua linda blusa verde limão, outras cenas desenrolam-se e, de repente, “Solfredora” aparece correndo com sua singela e branca blusinha... Branca?!? Ah, ela trocou de roupa, é claro, pensa o bondoso leitor. Até poderia ser, se minutos depois (ainda correndo pelas ruas norte-americanas), a atriz não voltasse a desfilar com seu figurino verde limão. No entanto, o Katrina que bagunçou o capítulo de “América” não ficou restrito aos estúdios do Projac e teve repercussão também no intervalo comercial. Quem ainda não viu o anúncio do “Visa Electron”? Se não viu, verá a partir de agora com direito a erro de gravação. Mamãe na fila, pagando as compras, e papai mostrando para a filhinha o brinquedo que irá comprar para o novo integrante da família. Na mão esquerda do progenitor há um bichinho de pelúcia cor-de-rosa. Eis que a atendente avisa: “Agora é hora!” e a esposa anuncia: “Luis Cássio, é outra menina”. Magicamente o bichinho aparece na mão do bebê (no alto) e milésimos de segundos depois volta para a mão do pai... Descrevendo dessa forma, não se percebe o erro de forma precisa, mas vendo o comercial, notamos que a criança não poderia em nenhum momento ter pego o bichinho e logo após devolvido ao pai, porque o jogo de câmera não permite essa troca. Claramente, a cena em que o brinquedo está não mão da criança foi gravada em outro “take” e encaixada na edição... Vejam e confiram. Em meio a tantos furacões espalhados pelas mídias, espero que, pelo menos, esse blog tenha continuidade...