Virada natalina
Estava mesmo me posicionando contra... Shoppings abertos por 32 horas! Para que tudo isso? Cadê o verdadeiro espírito de Natal? Sentimentos de harmonia, paz, amor ao próximo... Será que restou apenas o consumismo desvairado? Acabou que ontem à noite fui parar num shopping, sem saber que era um dos sete shoppings cariocas, que encarou, ou melhor, está encarando a maratona natalina. Descobri o fato quando os shows programados para esquentar a “noite-madrugada” iam começar. A abertura ficou por conta dos “Pororocas”, banda formada pelos ex-integrantes do “João Penca & Seus miquinhos amestrados”. Além de relembrar músicas das antigas, o grupo mostrou seu novo trabalho. Os, atualmente, coroas entraram na onda da “surf music”. Pois é, “surf music”. Com sandálias havaianas, bermudões de surfista e letras hilárias, como a que diz “Eu nunca vi surfista argentino”, os “senhores” empolgaram o público. É claro, o público que sabia aproveitar o que é bom. Via-se, obviamente, que os coroas estavam lá por puro prazer, no melhor estilo, “não precisamos mais fazer sucesso, tocamos para nos divertir”. Mas o mal-educado fã-clube da púbere “Acústika”, que faria o segundo show, estava tendo orgasmos em avacalhar os “Pororocas”. Definitivamente, o jovem brasileiro tem que aprender a olhar para trás e valorizar nossa história, mas ao invés de reconhecer o valor do passado, a juventude prefere se agarrar a ídolos passageiros. Não sei por que tanto escândalo por aquelas quatro garotas... Elas têm um ar de estrelinhas e nem tocam tão bem assim para fazerem esse gênero. Demoraram séculos para subir ao palco, com seus “roadies” afinando os instrumentos, para elas depois desafinarem na hora de apresentar seu “rock-pagode” (rock meloso), enfim... Vendo no telejornal de hoje o estresse enfrentado por alguns vendedores e o desespero das pessoas para conseguirem comprar tudo o que desejavam, continuo sendo contra a exacerbação do consumo. Natal é sim para demonstrar carinho com parentes e amigos, mas quem disse que carinho só se demonstra com presentes. Agora, verdade seja dita, a idéia dos shoppings oferecerem shows nas madrugadas é bem atraente. Principalmente, naqueles bairros onde não se tem muitas opções noturnas de diversão. Não é preciso que as lojas fiquem abertas, basta uma praça de alimentação funcionando com apresentações interessantes... como a dos “Pororocas”, é claro.
3 Comments:
É o espírito natalino anda longe, esquecido... Este não foi um dos meus melhores natais, mas o fatod e eu ter saúde, me deixa menos triste.A falta de respeito não está só nos shows. vejo-a em toda parte,a té em casa, Outro dia meu filho ficou bravo comigo porque eu cedi meu lugar num banco para uma senhora idosa. Eu fiquei pasma, dentro de minha própria casa, vendo os exemplos! "Ninguém mais faz isso mãe". Mas eu faço! Eu tenho compaixão, eu penso em tudo o que ela já passou. Eu juro que dei educação para ele Mírian, mas o mundo, a sociedade, ditam as regras. Que pena. mas pelo menos meu filho eu ainda posso torcer a orelha... Beijão!
By Claudinha ੴ, at 26 dezembro, 2005 16:53
Concordo com você Mí, se as pessoas se um dia as pessoas resolvessem verificar a origem de determinados sons que tocam hoje veriam que são o resultado de muita luta e conquista e que devem ser respeitados. Caso as pessoas não gostem de determinado estilo musical não devereia comparecer aos locais que os tocam.
Beijos mil deste eterno saudosista.
Tatu
By Anônimo, at 27 dezembro, 2005 09:20
COncordo com tudo, mas dizer que a Acústika toca mal ficou feio!
É a banda mais talentosa que apareceu no momento. E sem'ter mídia. Gosto muito mais da Acústika por ser independente e tocar de verdade do que de qq bandinha feita por gravadoras que se fossem tocar naquele mesmo palco não fariam tão bonito.
Mas gosto é igual Cú!
By Anônimo, at 18 janeiro, 2006 22:50
Postar um comentário
<< Home