Ao Meu Redor

25 outubro 2006

Não ser... Essa é a questão!

Comum! Até bem pouco tempo atrás estaria escrevendo essa palavra com um pouco de decepção! Mas é isso que aparento ser: uma pessoa comum. Não tenho nenhum "dom especial" na linha artística. Não sei dançar, cantar, tocar qualquer instrumento, compor... Minhas habilidades manuais tendem a zero, portanto, desenho, artesanato ou variações do gênero também não fazem parte de minhas aptidões.
Posso até estar exagerando e mesmo correndo o risco de ser piegas, mas diria que ultrapasso a fronteira da mediocridade. É a conclusão que chego ao perceber que poderia incluir na minha lista de inaptidões artísticas, itens extremamente corriqueiros, que estão longe de serem considerados arte. Não sei, por exemplo, cozinhar (nem o prato mais trivial). Não sei nadar, andar de bicicleta, dirigir...

Pois é, talvez ainda devesse sentir um pouco de decepção ao escrever “comum”... Mas não consigo! E por um motivo bem simples, as minhas inabilidades não me tornam uma pessoa qualquer ou medíocre, me tornam, na verdade, única! Elas, juntamente com minhas outras características e capacidades (mesmo que sejam à primeira vista inexistentes), compõem o meu jeito, compõem a mim. O “não saber” também me distingui dos demais, construindo minha individualidade.

18 outubro 2006

Sobre mim e o mundo

Tenho passado bastante tempo na frente desse computador, tenho pensado muito e me afastado um pouco do mundo. Mas hoje decidi que seria diferente... Andei. Mas não com a afobação de quem busca atropelar os pensamentos, criando ilusões fantásticas e inatingíveis. Os passos vacilantes, por vezes ainda acelerados, tentavam prestar atenção em tudo, prestar atenção ao meu redor. E na luta pela calma há um tanto esquecida, pude ver muitas coisas... Festa em plena quarta-feira, casal de namorados, pai agradando os filhos com doces, pessoas filosofando sobre conhecimentos populares.
Assim de fora para dentro, a realidade se fez presente. É necessário desacelerar, é necessário deixar o tempo e o barco deslizarem suavemente. Sim, é preciso correr. Mas atrás de sonhos realizáveis, não de um futuro abstrato ou de um passado falido.
"Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira". Dizer que não pensa, já é estar pensando. Sobrecarga de atividade não resolve nada! Só faz substituir as horas de sono por pensamentos. Afinal se deseja pensar e, em algum momento, você não vai mais conseguir esconder a vontade de si próprio...
Portanto, caso sinta esse desejo incontrolável, pense, mas de forma concreta. Projetando o que realmente está para acontecer! As fábulas infantis têm uma moral aplicável no cotidiano, as dos adultos também devem ter. Assim espero!

08 outubro 2006

Procura-se

Em busca
De uma tribo
Em busca
De sininhos
Em busca
De certezas
Em busca
De um dia-a-dia
Em busca
De um rumo
Enfim,
Em busca de mim