Não ser... Essa é a questão!
Posso até estar exagerando e mesmo correndo o risco de ser piegas, mas diria que ultrapasso a fronteira da mediocridade. É a conclusão que chego ao perceber que poderia incluir na minha lista de inaptidões artísticas, itens extremamente corriqueiros, que estão longe de serem considerados arte. Não sei, por exemplo, cozinhar (nem o prato mais trivial). Não sei nadar, andar de bicicleta, dirigir...
Pois é, talvez ainda devesse sentir um pouco de decepção ao escrever “comum”... Mas não consigo! E por um motivo bem simples, as minhas inabilidades não me tornam uma pessoa qualquer ou medíocre, me tornam, na verdade, única! Elas, juntamente com minhas outras características e capacidades (mesmo que sejam à primeira vista inexistentes), compõem o meu jeito, compõem a mim. O “não saber” também me distingui dos demais, construindo minha individualidade.