Será? Será?
Essa semana minha paciência esteve no limite extremo e qualquer tipo de acontecimento a minha volta era capaz de me irritar profundamente. Se possível calaria o mundo para ficar em silêncio total, mas não havia essa possibilidade... Então lá estava eu, no bendito 634... Quando pego o ônibus de dezoito e pouco costumo encontrar um grupo que se senta no fundo do coletivo, no melhor estilo turma da cozinha (aquela galera dos tempos de escola que só queria saber de zona). Alguns passageiros os amam, outros os odeiam. Geralmente, eu sou indiferente a eles, até consigo dar umas risadas com as gracinhas soltas ao longo da viagem, mas não nessa semana. A mínima menção de qualquer baderna já me tirava do sério. Para tornar mais crítica a situação, eu só consegui um lugar bem no meio do grupinho e logo pensei: “viagem infernal”... Durante o mantra que entoava com o objetivo de controlar meu mau-humor, subiu no ônibus um ambulante, que rapidamente engatou um papo com os “membros da zona”. Conversa vai, conversa vem... A prosa foi parar nas eleições de prefeito, realizadas ano passado, e eis que o vendedor solta a seguinte pérola: “O César Maia ganhou roubando. Se acontecesse comigo, o que aconteceu com as pessoas da minha casa, eu tinha denunciado. Quatro dos meus familiares foram votar, apertaram o 22, número do Crivela, mas apareceu a foto do César Maia seguida da frase ‘prefeito atual’, eles acharam que fosse para confirmar o nome do atual prefeito e apertaram o sim...”. Papo de vendedor não costuma ser confiável, será que esse era?
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