Ao Meu Redor

26 maio 2005

Um passeio de contradições

Estou pasma... fui ao zoológico nesse feriado de Corpus Christi e estou surpresa de como um local pode congregar tantos ganhos e perdas. Não ia lá desde uns sete, oito anos de idade (eu acho) e, depois de todo esse tempo, é impressionante como o zôo cresceu em estrutura. Foram criadas várias áreas que permitem um contato diferenciado com os animais, como a passarela da fauna (acho que é esse o nome), o viveirão, o exoticum (espaço para animais exóticos – aranhas, cobras e pingüins) e a casa dos morcegos (que abriga alguns animais de hábitos noturnos – tatus, corujas e morcegos, claro!). As mais interessantes (pelo menos para mim) são o viveirão e a passarela, ao entrar nessas atrações me senti praticamente uma personagem do Jurassic Park. O viverão é uma área telada em que você fica junto às aves (só faltava terem ressuscitado um pterodáctilo) e, na passarela, os visitantes caminham sobre os animais soltos em um “parque”, que reproduz o habitat natural das espécies. O problema começa justamente aí, nas espécies existentes no zoológico. O número e a variedade de animais diminuíram consideravelmente... a maioria das jaulas possuía apenas um exemplar de cada espécie ... nada de companheiros (as) e, portanto, nada de filhotinhos para darem continuidade a população do zôo. Faltavam também animais que sempre fizeram parte da atração, como o rinoceronte e os flamingos, enquanto sobravam primatas e outros gêneros de aves. Já com relação à espécie humana podíamos encontrar alguns exemplares de outros continentes... rs... fiquei surpresa com o enorme grupo de... japoneses, chineses, coreanos?... (sei que tem diferença, mas não sei identificar)... bem, enorme grupo de pessoas com olhinhos puxados que passeavam pelo zôo. Corria o risco apenas deles acabarem sendo integrados a população do zoológico, já que poderiam não achar a saída. Poucas eram as placas escritas em inglês, uma vergonha para uma cidade turística como o Rio. Apesar, dessas deficiências continua valendo muito a pena levar filhos, sobrinhos, afilhados para esta atração ecológica (ou até mesmo ir sem crianças, como é o meu caso), ainda mais em um tempo como o nosso, no qual o contato com a natureza é tão pouco, que o zôo precisa criar uma mini-fazendinha para aquelas crianças que, nem ao menos, conhecem vacas, cavalos e galinhas.

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